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Concreto leve

Atualizado: 3 de jun. de 2020

Escrito por Marina Almeida Ferreira sob orientação dos professores Alcino de Oliveira Costa Neto e Iara Ferreira de Rezende Costa.

O concreto é o material estrutural mais utilizado na construção civil. O concreto convencional comumente utilizado em obras é definido como uma massa proveniente da mistura de cimento hidráulico, água, agregados graúdos e agregados miúdos, podendo ainda conter aditivos.


Devido ao seu alto peso específico, o concreto convencional se torna desvantajoso em determinadas ocasiões, uma vez que resulta em estruturas pesadas, impedindo o desenvolvimento de grandes vãos e dificultando o transporte de pré-fabricados. Para isso, buscou-se soluções alternativas a fim de torná-lo mais leve, desenvolvendo-se os chamados Concreto Leve.


Segundo Watanabe (2008), o concreto estrutural leve se caracteriza pela substituição de parte dos materiais sólidos do concreto usual por ar, o que resulta na redução da sua massa específica em, aproximadamente, dois terços em relação à massa específica do concreto feito com agregados naturais típicos.


Enquanto o concreto convencional apresenta uma massa específica em torno de 2400 kg/m³, o concreto leve apresenta, segundo Maycá (2008), massas específicas entre 300 a 2000 kg/m³. Além disso, aponta que para a utilização como concreto estrutural, a massa específica do concreto leve deve situar-se entre 800 a 2000 kg/m³ e deve possuir resistência à compressão mínima de 17,5 MPa.


Utilização do Concreto Leve


De um modo geral, os concretos leves podem ser obtidos de três maneiras, o que resultará em concretos com diferentes propriedades.


O concreto com agregados leve consiste na substituição dos agregados convencionais por agregados leves. Estes agregados possuem como característica alta porosidade, como exemplo a argila expandida, e são usualmente utilizados com fins estruturais.


O concreto sem finos consiste na não utilização de agregados finos, produzido apenas com aglomerante e agregado graúdo. Busca-se, assim, a criação de vazios no interior da pasta. Conforme Angelin (2014), pode ser utilizado para produção de painéis divisórios, estrutura de drenagem e sub-base de quadras de esportes.


Já o concreto celular destaca-se pela utilização de aditivo incorporador de espuma em sua composição, bem como pela não utilização de agregados graúdos.

Figura 1 - Tipos de Concreto Leve

Fonte: ROSSIGNOLO, 2003.


Vantagens x Desvantagens


A substituição dos agregados convencionais por agregados leves, total ou parcial, gera consequências quanto às propriedades mecânicas do concreto. Desta forma, uma desvantagem dos concretos leves é a sua resistência à compressão inferior aos concretos convencionais, além disso, apesar de se utilizar menos material, o seu custo é mais elevado.


Dentre as vantagens da utilização dos concretos leves, pode-se destacar a diminuição de sua massa específica, o que proporciona consequente redução dos esforços estruturais, bem como redução de custos com transporte e montagem com construções pré-fabricadas.


Cortelassi (2005) relata que ao reduzir a massa específica do concreto foram obtidos resultados positivos no que se refere à leveza e aos ótimos desempenhos nas propriedades de resistência ao congelamento/descongelamento, isolamento térmico e acústico e de resistência ao fogo.


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REFERÊNCIAS


ANGELIN, A. F. Concreto Leve Estrutura – Desempenhos físicos, térmicos, mecânicos e microestruturais. Dissertação de Mestrado. Unicamp: Limeira, 2014.


CORTELASSI, E. M. Avaliação do comportamento de concretos celulares espumosos de alto desempenho. Universidade Estadual de Londrina: Londrina, 2005.


MAYCÁ, J.; CREMONINI, R. A.; RECENA, F. A. Contribuição ao estudo da argila expandida nacional como alternativa de agregado graúdo para concretos leves estruturais (CLE). Curso de Especialização em Construção Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 2008.


ROSSIGNOLO, J. A. Concreto Leve Estrutural: Produção, propriedades, microestrutura e aplicações. 1ª ed. Editora PINI: São Paulo, 2009. p.17.


WATANABE, P. S. 2008. Concretos especiais – propriedades, materiais e aplicações. Bauru: s.n., 2008.

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