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Peças cerâmicas e suas classificações: você já ouviu falar?

Atualizado: 27 de mai. de 2020

Escrito por Júlia Araújo Camargo sob orientação dos professores Alcino de Oliveira Costa Neto e Iara Ferreira de Rezende Costa.



De acordo com a NBR 13.817 de 1997, o revestimento cerâmico pode ser classificado conforme os seguintes critérios: esmaltadas e não esmaltadas (tipo de superfície); métodos de fabricação; grupo de absorção de água; classe de resistência à abrasão superficial; classe de resistência ao manchamento; classe de resistência ao ataque de agentes químicos; e aspecto superficial ou análise visual.


Veja abaixo sobre cada critério:


· Tipo de superfície: podem ser classificadas como esmaltadas (glazed - GL), que é quando a peça cerâmica tem o esmalte como acabamento lustroso e impermeável, ou em não esmaltadas (unglazed - UGL), quando a cerâmica é composta basicamente por sua matéria prima.


· Métodos de fabricação: as placas cerâmicas podem ser extrudadas (Código A), que são aquelas formadas no seu estado plástico em uma extrusora para, em seguida, serem cortadas; podem ser do tipo prensadas (Código B), as quais são conformadas em prensas, a partir de uma mistura finamente moída; ou podem ser produzidas por outros processos (Código C).


· Grupo de absorção de água: cerâmicas com absorção maior que 0 e menor ou igual a 0,5, são classificadas como Grupo Ia; absorção maior que 0,5 e menor ou igual a 3, são classificadas como Grupo Ib; absorção maior que 3 e menor ou igual a 6, são classificadas como Grupo IIa; absorção maior que 6 e menor ou igual a 10, são classificadas como Grupo IIb; e para absorção maior que 10, são classificadas como Grupo III. Para saber qual a classificação de uma determinada cerâmica, a mesma deve ser submetida ao ensaio descrito no Anexo B da NBR 13.818/1997.


· Classes de resistência à abrasão superficial: essa classificação é de acordo com o Anexo D da NBR 13.818/1997 e as classes são referidas como PEI (Porcelain Enamel Institute). A peça cerâmica pode ser classificada em PEI 0 quando o número de ciclos para visualização da falha for igual a 100; em PEI 1 quando o número de ciclos para visualização da falha for igual a 150; PEI 2 quando o número de ciclos para visualização da falha for igual a 600; PEI 3 quando o número de ciclos para visualização da falha for 750 ou 1500; PEI 4 quando o número de ciclos para visualização da falha for 2100, 6000 ou 12000; PEI 5 quando o número de ciclos para visualização da falha for maior que 12000.


Segundo o Blog Casa Dicas, geralmente, peças cerâmicas com PEI 0 são indicadas para paredes; com PEI 1 são indicadas para dormitórios e banheiros; com PEI 2 são indicadas para todos os ambientes, exceto cozinha, escadas e entradas; com PEI 3 são indicadas para todos os ambientes, inclusive terraços; com PEI 4 são indicadas para locais com tráfego moderado, como lojas e bancos; e com PEI 5 são indicadas para locais com muito fluxo, como rodoviárias ou restaurantes.


· Classes de resistência ao manchamento ou classes de limpabilidade: esta classificação indica a facilidade de remoção de manchas, e pode ser Classe 1 quando há impossibilidade de remoção de manchas; Classe 2 quando a mancha pode ser removível com ácido clorídrico, hidróxido de potássio e tricloroetileno; Classe 3 quando a mancha é removível com produto de limpeza forte; Classe 4 quando a mancha é removível com produto de limpeza fraco; e Classe 5 quando há máxima facilidade de remoção de mancha. As placas cerâmicas são agrupadas a partir de procedimentos sistemáticos progressivos de limpeza.


· Classes de resistência ao ataque de agentes químicos: os agentes químicos utilizados nesta classificação são os ácidos (alta concentração – H), álcalis (baixa concentração – L) e produtos domésticos e de piscinas. As classes de resistência podem ser alta (A), média (B) ou baixa (C). Por exemplo, uma peça cerâmica pode apresentar média resistência ao ataque de ácidos, recebendo a classificação HB. Já uma peça cerâmica com alta resistência a produtos domésticos e de piscinas é classificada como A.


· Quanto ao aspecto superficial ou análise visual: os revestimentos cerâmicos são classificados como de primeira qualidade quando pelo menos 95% das peças examinadas não apresentarem defeitos visíveis na distância padrão de observação, que é 1,00 m +/- 0,05 m de distância de um painel de 1 m².


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REFERÊNCIAS


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13.817/1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação, abr. 1997, p. 3.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13.818/1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaios, abr. 1997, p. 78.

CERÂMICA esmaltada e não esmaltada: qual é a diferença. Arqplace, abr. 2019. Disponível em: https://www.arqplace.com.br/loja/noticia.php?loja=606732&id=63. Acesso em: 21 maio 2020.

CLASSIFICAÇÃO - placas cerâmicas. Disponível em: https://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arqtema/guiaceramica-completo/02/content/020102_classificacao_placa_ceramica.htm. Acesso em: 21 maio 2020.


PISOS P1, P2, P3, P4 e P5: o que significa esses códigos nos pisos cerâmicos. Blog Casa Dicas, 2020. Disponível em: https://www.casadicas.com.br/materiais/pisos-p2-p3-p4-e-p5-o-que-significa-esses-codigos-nos-pisos-ceramicos.html. Acesso em: 22 maio 2020.

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