NDUSTRIA 4.0: A revolução disruptiva
Escrito por Luca Ramos Dias, bacharelando em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Entender a evolução humana, é também discorrer sobre o desenvolvimento tecnológico; tecnologia essa, que pode ser compreendida desde a descoberta do fogo, do metal ou da agricultura. A primeira transformação de impacto ocorre no século XVIII, a tão famosa revolução industrial, a inserção de mão de obra automatizada, pioneira no tocante a fabricação de têxteis, nos meios de produção, sendo esses em grande parte, proporcionada pela invenção do motor a vapor e suas derivações.
Figura 1: Fluxograma da Industria 4.0

Fonte: Forbes, apud Adobe Stock
A partir do advento da primeira revolução industrial, há uma ação disruptiva para com a humanidade, as concepções não só de trabalho, mas também de vida são alteradas de maneira brusca. Em paralelo aos ganhos tecnológicos há um crescimento populacional de forma quase que exponencial, o que em contrapartida, promove maiores descobertas tecnológicas, visto que, a humanidade se coloca numa posição de maior necessidade de recursos e de seu melhor uso, gerando assim, avanços, que visto de hoje, são nominados por "Segunda Revolução Industrial", ocorrida no século XIX, a qual traz como princípio a produção em massa, os ideais Tayloristas e Fordistas.
No século seguinte, mais precisamente na segunda metade do século XX, inicia o desenvolvimento de um novo arranjo, os sistemas digitais, cada vez mais modernizados e gerando avanços nas áreas de eletrônica e robótica. Esse processo, quase de forma progressiva, pode-se dizer que norteia a sociedade e seus arranjos, uma revolução, a Terceira Revolução Industrial. Com a instauração da terceira revolução, os processos se tornaram cada vez mais céleres, não obstante, à vista uma nova revolução, a Quarta Revolução Industrial, ou a “Indústria 4.0”, que descrita por Pereira e Simonetto (2018, apud. SILVA; SANTOS FILHO; MIYAGI, 2015), “prevê a integração entre humanos e máquinas, mesmo que em posições geográficas distantes, formando grandes redes e fornecendo produtos e serviços de forma autônoma”.
Figura 2: Ilustração sobre a Industria 4.0

Fonte: Eletrogate (2021)
Marr (2018), interpela a Industria 4.0 como otimização da informatização da Indústria 3.0; os computadores estão conectados em rede, uns com os outros, tomando decisões sem o envolvimento humano. Pereira e Simonetto (2018, apud. (DRATH; HORCH, 2014) discutem com mais afinco sobre os Sistemas Ciber-Físicos (Cyber-Physical Systems - CPS), discorrendo sobre suas três bases, “ (i) os objetos físicos; (ii) modelos de dados dos objetos físicos, representados na rede; e (iii) serviços baseados nos dados disponíveis. ” Desde modo, pode se traçar uma perspectiva de atuação entre sistemas interconectados, buscando assim a criação de produtos, processos e procedimentos inteligentes e autossuficientes, substituindo os atuais arranjos que propõem humanos como cerne.
Compreender os espectros da indústria 4.0, é captar uma nova dinâmica social, robusta de padrões de ofertas mais exigentes, com novas tecnologias interligadas a diversos setores promovendo melhor uso de matéria e gerando resultados inovadores, muito pelo alicerce das Ias, inteligências artificiais, e sua gama de informações que serão processadas em tempo real, assim melhorando padrões para tomadas de decisões nas n linhas de produção. Na ótica social, cabe interpretar essa etapa como uma coisa viva, integrar sistemicamente um processo no qual está em construção, vislumbrar a Quarta Revolução Industrial como parte integrante, construindo pontes e metodologias que auxiliem no desenvolvimento humano, nesse contexto.
MARR, Bernard. O que é a Indústria 4.0? Aqui está uma explicação super fácil para qualquer um. Forbes, 2018. Disponível em: . Acesso em: 10, jun. 2022.
O que é a Indústria 4.0, como surgiu e seus avanços. Eletrogate, 2022. Disponível em: . Acesso em: 10, jun. 2022.
PEREIRA Adriano. SIMONETTO, Eugênio de Oliveira. INDÚSTRIA 4.0: CONCEITOS E PERSPECTIVAS PARA O BRASIL. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, ISSN: 1517-0276 / EISSN: 2236-5362, Vol. 16, n. 1, p. 1-9, jun. 2018. Acesso em: 10, jun. 2022.
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