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Erros em Prevenção e Combate a Incêndio que contribuíram para a tragédia na boate Kiss

Atualizado: 12 de set. de 2020

Escrito por Thais Mayara Rodrigues Gomes sob orientação dos professores Alcino de Oliveira Costa Neto e Iara Ferreira de Rezende Costa.


A tragédia na boate Kiss, em Santa Maria/RS, ocorreu em 27 de janeiro de 2013, em decorrência de um incêndio, e deixou 242 mortos.


Pouco tempo após o ocorrido as autoridades já o definiam como uma sucessão de irregularidades, ações e omissões que contribuíram para que o incêndio tomasse grandes proporções e levasse a um grande número de vítimas.

Confira abaixo alguns erros quanto à Prevenção e Combate a Incêndio (PCI) que contribuíram para esta tragédia:

· Falha em extintor de incêndio


Ao lado do palco, onde as chamas iniciaram, havia um extintor de incêndio e o vocalista da banda tentou utilizá-lo, mas sem sucesso. Mais tarde o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) mostrou que, de fato, o extintor não estava funcionando. Caso o extintor estivesse em pleno funcionamento, o foco inicial do incêndio poderia ter sido contido.

Figura 1 – Estado do extintor após o incêndio

Fonte: IGP-RS/Reprodução G1, 2015.


· Porta de saída


A boate possuía apenas uma porta e com dimensão reduzida, considerando o número e pessoas no local, o que dificultou a saída. As leis contra incêndio do Rio Grande do Sul, na época, determinavam duas saídas em lados opostos para casas noturnas.


Figura 2 – Porta da boate

Fonte: Antonio Scorza/AFP G1, 2015.


· Obstáculos na saída

Havia um guarda-corpo bem em frente à porta de saída da boate Kiss, o que dificultou a saída das pessoas.


Figura 3 - Guarda-corpo em frente à porta

Fonte: IGP-RS/Reprodução G1, 2015.

· Sinalização de emergência precária


Foram encontrados vestígios de apenas duas placas de sinalização que estavam em dois dos cinco principais ambientes da boate. Não existia iluminação junto ao piso, que pudesse ser vista mesmo com a fumaça e conduzido as pessoas à saída, caso tivesse essa iluminação muitas pessoas não teriam confundido o a saída com os banheiros.


A perícia encontrou luzes de emergência, mas não conseguiu afirmar se elas estavam funcionando por que foram destruídas pelo fogo, e segundo o relato de sobreviventes não havia luzes de emergência.


Figura 4 - Estado do aparelho de iluminação após o incêndio

Fonte: IGP-RS/Reprodução G1, 2015.



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REFERÊNCIAS


G1, Globo.com. 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html . Acesso em: 11 ago. 2020.

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