ABC DA ENGENHARIA: encosta e talude
Atualizado: 12 de set. de 2020
Escrito por Isamara Coelho Neves, Júlia Araújo Camargo e Karolayne Gonçalves Cota sob orientação dos professores Alcino de Oliveira Costa Neto e Iara Ferreira de Rezende Costa.
Com o desenvolvimento desenfreado das cidades, sem levar em consideração os conceitos da sustentabilidade ambiental, a população enfrenta no país grandes problemas relacionados a instabilidades de encostas e desmoronamentos de taludes e encostas, em áreas urbanas ou obras civis (DUTRA, 2013).
Para LEPSCH (2002, apud SILVA, 2018) grande parte destes problemas é em função da falta de conhecimento técnico mais aprofundado sobre as características e propriedades dos solos. Assim, a compreensão de suas características e peculiaridades é indispensável para uma análise mais detalhada da sua capacidade e condição de estabilidade, que é tão importante para os projetos de estabilização de taludes, por exemplo.
Tratando-se do assunto de estabilidade do solo torna-se improvável que os termos encosta e talude não sejam empregues. Entretanto, muitas vezes eles são mencionados de maneira incorreta atribuindo-os o mesmo significado, porém estes apresentam significados distintos.
As encostas definem-se como toda superfície natural inclinada de maciços terrosos, rochosos ou mistos (solo e rocha), originados de processos geológicos e geomorfológicos diversos, caracterizadas por diferentes energias potenciais gravitacionais. Já o termo talude é mais empregado para definir superfícies próximas a obras lineares e tem um caráter mais geotécnico e relacionado a áreas restritas. Podendo ser definido como: “Talude de corte é o resultado da escavação promovida pelo homem, e taludes artificiais relacionados aos declives de aterros construídos, de materiais diversos (STOCHALAK, 1974, apud LIMA, 2002).
A figura 1 apresenta a diferença entre os termos em questão.
Figura 1 - Diferença entre encosta e talude

Fonte: Adaptado de LIMA, 2002.
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REFERÊNCIAS
DUTRA, V. A. de S. Projeto de estabilização de taludes e estruturas de contenção englobando dimensionamento geotécnico e estrutural. Monografia. 2013. Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006269.pdf. Acesso em 16 jul. 2020.
LEPSCH, I. F. Formação e Conservação dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 178p
LIMA, A. F. Comportamento geomecânico e análise de estabilidade de uma encosta da formação barreiras na área urbana da cidade de Recife. Recife, 2002.
SILVA, R. L. M. Estabilização de taludes em obras civis. Palhoça, 2018. Disponível em: https://www.riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/4989/Monografia%20-%20final.pdf?sequence=1. Acesso em 16 jul. 2020.
STOCHALACK, J. The Classification of Slope Deposit from Engineering Geological Point of View. In: International Congress of Engineering Geology, 2, 1974, São Paulo. Anais São Paulo: IAEG. Vol. 2, p. V27. 1V27.12
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